Garimpeiros da região do Tapajós, no Pará, estão sendo impedidos de trabalhar desde o início das ações da Polícia Federal, que vem realizando a Operação “Caribe Amazônica”. A Operação, de forma arbitrária, vem apreendendo materiais e até destruindo máquinas essenciais para o trabalho no garimpo, que é a única fonte de renda de milhares de famílias na região.
As ações de impedimento do trabalho nos garimpos vêm causando muita reação entre os bolsonaristas, que cobram alguma postura do senador Zequinha Marinho (PSC). Atualmente, o senador não vem se posicionando sobre o assunto e muito menos criando políticas públicas que auxiliem os garimpeiros no Pará.
O senador, que sempre se intitulou apoiador de Bolsonaro para ganhar eleitores, não vem fazendo nada pela população que depende do garimpo para sua sobrevivência. Em resposta, o político está sendo duramente criticado pela ala bolsonarista, a qual sempre defendeu a prática dos garimpeiros, assim como o próprio presidente.
Nas ações desencadeadas, até o momento, já foram inutilizados vários equipamentos – avaliados em quase R$ 10 milhões, como pás escavadeiras, motores, veículos, balsas, dragas, tratores, entre outros, todos usados para extrair ouro e outros sedimentos decorrentes da extração do mineral. Conforme foi apurado em investigações, os materiais produzidos nessas localidades estavam sendo despejados nos igarapés que deságuam no Rio Tapajós, poluindo o rio.
No entanto, é importante frisar que muitos garimpeiros da região contestam essa suposta poluição do Rio Tapajós, inclusive compartilhando vídeos que mostram o leito do rio limpo, sem consequência do trabalho de exploração na região.
Desamparados e impedidos de trabalhar, os garimpeiros de diversas regiões no Pará continuam esperando alguma atitude do senador Zequinha Marinho, que se dizia o grande defensor do garimpo, mas que agora se mantém calado.