Como mostrado anteriormente no portal Zero94, em 12 de agosto de 2019, o vereador de Parauapebas, Elias da Construforte (PSB) estava sendo investigado pela Justiça Eleitoral, por ser suspeito de ter sua candidatura beneficiada por “candidatos laranjas” nas eleições para vereadores em 2016. Depois da investigação sobre o caso, a Justiça Eleitoral decretou o afastamento e a cassação do mandato de Elias, que fica sentenciado a permanecer inelegível por 8 anos para qualquer cargo público.
Além da cassação em decorrência das candidaturas laranjas, Elias da Construforte também é acusado de ações ilegais de improbidade administrativa, como arrecadação irregular de recursos, doação de dinheiro sem declaração ou recibo de comprovação.
Quem também em breve pode ter seu mandato cassado é o vice-prefeito de Parauapebas, Sérgio Balduíno, que na época do esquema das candidatas laranjas era o presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). A Justiça Eleitoral pode entender que sua posição de líder no partido deva ter ligação ou ciência de todo esquema ilegal realizado durante a campanha.
O Juiz responsável pela sentença, Lauro Fontes Junior, estabelece em seu parecer a inelegibilidade de todos os réus do caso, que além de Elias da Construforte, também inclui Ana Silva Borges, Francisca Daniele Batista e July Ane da Fonseca Castro.
As três mulheres citadas faziam parte da cota de 30% do gênero feminino nos partidos políticos, uma lei que visa incentivar a presença de mais mulheres na política partidária, mas que foi usada de má fé para beneficiar um candidato.
Isso fica ainda mais evidente na avaliação do juiz, que verificou o total de 0 votos nas supostas candidatas, que sequer votaram em si mesmas, uma situação totalmente fora dos padrões eleitorais.
Diferente do que alega Elias, todas as rés mantinham alguma ligação com ele e foram beneficiadas por suas candidaturas laranjas. July Ane, por exemplo, chegou a receber um salário de mais de R$ 6 mil no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP). Já Francisca Daniele, recebia mais de R$ 3 mil em um emprego também no SAAEP.
Apesar da decisão da Justiça, Elias da Construforte ainda pode tentar entrar com um recurso para suspender a sentença e levar a situação para uma batalha judicial.