Somente em janeiro de 2020, mais de mil hectares já foram desmatados na Terra Indígena Ituna Itatá, localizada entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio, sudoeste do Pará.
Para mensurar os danos ao meio ambiente, uma operação de fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (Ibama) e Polícia Federal realizou sobrevoos no local durante uma semana. A investigação aponta que os danos ambientais foram causados por grileiros na região.
Segundo as fiscalizações, grileiros que se apropriaram das terras já começaram a criação de gado de forma ilegal. Os responsáveis ainda não foram identificados.
Os agentes da operação encontraram várias castanheiras derrubadas, árvores que são proibidas para o corte. Foram aplicados nove autos de infração, que somam mais de R$1 milhão em multas, além de cinco embargos a áreas desmatadas.
Durante as fiscalizações, os agentes encontraram castanheiras derrubadas – espécie que tem o corte proibido. Foram aplicados nove autos de infração, que somam mais de R$1 milhão em multas, além de cinco embargos a áreas desmatadas.
A TI Ituna Itata foi a mais desmatada em 2019 no Brasil, com 13% do total de devastação registrado nas áreas indígenas brasileiras pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente no último ano, 23% da floresta foi devastada.
A área em isolamento foi reservada como uma das condicionantes da usina hidrelétrica de Belo Monte e registrou aumento de 700% no desmatamento entre 2018 e 2019.
Fonte: G1 Pará