O embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine (foto), disse a O Globo que o Hezbollah planejou um ataque a entidades judaicas em solo brasileiro por contar com apoiadores no país.
Nesta quarta-feira, 8, a Polícia Federal brasileira prendeu dois suspeitos de envolvimento com o grupo terrorista libanês, além de cumprir 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo Israel, a operação teve a colaboração do Mossad.
“O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”, disse Zonshine, citando a Tríplice Fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai) como uma região em que há apoiadores do grupo libanês.
O embaixador lembrou o atentado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina) em Buenos Aires, que matou 85 pessoas em 1994. Em 2006, a Promotoria argentina acusou formalmente o regime iraniano e o Hezbollah pelo ataque.
“O Hezbollah ia fazer no Brasil o mesmo que fez na Argentina. O grupo é financiado pelo Irã e pelo tráfico de drogas, principalmente”, afirmou Zonshine.