O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral foi condenado a mais de 33 anos de prisão por crimes investigados pela Operação Lava Jato, entre eles corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As práticas ilícitas somam mais de US$ 85 milhões.
A sentença também condena Wilson Carlos da Silva Carvalho e Sérgio Castro de Oliveira, ambos auxiliares e operadores financeiros de Cabral. De acordo com o Juiz do caso, Marcelo Bretas, a ajuda dos doleiros foi essencial para “financiar e integrar uma organização criminosa responsável por fraude às licitações e cartel em detrimento do estado do Rio de Janeiro”.
O juiz do caso ainda destaca que Cabral é o chefe de todo esquema, sendo o principal idealizador e culpado pelos crimes. “Em razão da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados, ofereceu vantagens em troca de dinheiro. Vendeu a empresários a confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua culpabilidade, maior do que a de um corrupto qualquer, é extremamente elevada”, disse Bretas.
A pena de Cabral ainda foi reduzida graças a entrega de R$ 40 milhões que ele devolveu à Justiça. A confissão do ex-governador, no entanto, não reduziu sua pena. “Não há que se aplicar a atenuante genérica de confissão, na medida em que não foi autêntica, mas fantasiosa e inverídica a tese de que os valores recebidos se tratavam doações para fins eleitorais, não amparada em nenhum elemento de prova”, explicou o juiz.
Fonte: Agência Brasil