Santarém, uma cidade maravilhosa situada às margens do Rio Tapajós, enfrenta sérias questões relacionadas aos serviços prestados pela empresa Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). A água, que deveria ser um recurso abundante e fundamental para todos, transformou-se em um problema sem solução para os habitantes locais. Diariamente, os santarenos se deparam com a carência e a incerteza de ter água em suas casas.
Os depoimentos convergem em um ponto: além da Cosanpa não solucionar o problema, a companhia também deixa a população completamente desamparada, em meio a uma angustiante falta de comunicação. Não ocorre qualquer aviso antecipado sobre a interrupção do fornecimento de água, e a expectativa de resolução parece a cada dia mais distante.
A administração altamente contestada é de responsabilidade do atual diretor da Cosanpa, o senhor Juca Pimentel, indicado pela deputada Maria do Carmo, filiada do PT. Tudo indica que a deputada enxergou a empresa pública como uma oportunidade para acomodar aliados políticos, prejudicando o bem-estar da população.
O município tentou reassumir o controle da concessão de água, porém, enfrentou entraves legais. A concessão, renovada pela então prefeita Maria do Carmo em 2011, prorrogou o monopólio da Cosanpa por mais duas décadas. Os santarenos agora se questionam sobre a pertinência dessa decisão.
No bairro da Prainha, um dos mais afetados pela falta de água, uma moradora indignada cogita até mesmo organizar uma manifestação. Ali, a água some sem qualquer aviso prévio, e a solução parece estar fora de alcance. A situação é insustentável: “Esta Cosanpa não mantém diálogo com a comunidade, e não temos meios de prever quando a água escasseará, muito menos quando será restabelecida. Isso nos impede de fazer planos, e as perdas são enormes para todos”, lamenta a residente.
A Cosanpa, que deveria servir como um paradigma de transparência e responsabilidade, não compartilha informações cruciais, tais como as áreas da cidade que não têm cobertura, projetos em andamento e investimentos planejados. Enquanto alguns têm condições de perfurar poços artesianos em suas propriedades, os mais desfavorecidos ficam à mercê da boa vontade da Cosanpa.
A população de Santarém não está apenas sofrendo devido à falta de água; ela está exigindo soluções. É inaceitável que um recurso essencial à vida seja tratado com tamanha negligência.
A Cosanpa, o diretor Juca Pimentel e a deputada Maria do Carmo devem atender às demandas dos santarenos e tomar medidas imediatas para resolver essa crise. Santarém merece acesso a água potável e um serviço condizente com o importante papel que desempenha no desenvolvimento do nosso estado.