A reconstrução da ponte sobre o Rio Moju, que agora recebe nome de ponte “União”, poderá entrar para o Livro dos Recordes, o “Guinness World 2020”. Se for confirmado, a União será considerada a ponte reconstruída em menor tempo no mundo, apenas sete meses.
A comissão de engenharia da publicação do livro entrou em contato com o Governo do Estado, convidando à seleção. Mas independente do resultado, a gestão da Secretaria Estadual de Transportes já considera a reconstrução da ponte um grande case de sucesso, pelo fato de ter superado grandes desafios e ter sido concluída em tempo recorde.
Para minimizar ao máximo os transtornos causados pela queda da estrutura e acelerar as obras, mais de mil operários trabalharam direta e indiretamente. Os serviços são realizados 24 horas por dia. Além disso, o Estado teve que vencer toda a burocracia. Além da Secretaria de Transportes, também tiveram participação nesse período, a polícia, perícia científica, bombeiros, Capitania dos Portos, Procuradoria Geral do Estado entre outros órgãos de governo e de controle e fiscalização.
“Também contamos com o Ministério Público e o Tribunal de Contas nos aconselhando e recomendando. Logo de início nós prevemos que havia a necessidade de uma mobilização rápida para a contratação de profissionais e ritmo de obra. Fizemos essa licitação rápida, com toda assessoria técnica e jurídica”, disse o secretário Pádua Andrade.
E a população pode ficar tranquila quanto à segurança da construção. Embora o tempo para a conclusão de uma obra tão complexa tenha sido menor do que se espera, tudo foi feito com muito cuidado. “O importante para gente era fazer a obra pensando na vida humana. Contratamos os maiores profissionais de pontes estaiadas do país. Agimos rápido, mas usamos a solução técnica, de modo que, não continuássemos com os mesmos erros de projetos anteriores”, reiterou Pádua, que fez questão de revelar que não houve nenhum acidente de trabalho, nem mesmo na travessia de embarcações no trecho.
A reconstrução do trecho de 268 metros da ponte gerou 550 empregos diretos e 450 indiretos. O canteiro foi praticamente todo em balsas, onde funcionava, simultaneamente, o laboratório de concreto, as centrais de concreto, almoxarifado, enfim todo o apoio necessário para acontecer a obra. “Tivemos uma preocupação com os riscos dessa obra de engenharia que contou com 12 balsas e 6 guindastes operando cargas. Priorizamos muito a segurança do trabalho”.
A resposta eficiente do Estado resultou em uma ponte que não perde em nada para outras que existem, no mesmo molde, fora do Estado e do País. A construção que custou R$ 104 milhões de reais refez todo o trecho desabado, revitalizou o restante da ponte e ainda construiu um mastro central de mais de 90 metros de altura, onde foram fixados 40 cabos de aço ou cordoalhas de alto desempenho (construídas no Pará, Ceará e São Paulo). A ponte agora é estaiada e passa de um vão de 68 metros (projeto antigo) para dois canais de navegação (vãos) com 134 metros cada. Também foram construídos três novos pilares que receberão defensas de proteção resistentes a grandes impactos (dolfes com estrutura metálica e cobertura de concreto).
Fonte: Agência Pará