A Polícia Civil prendeu na manhã nesta quinta-feira um homem apontado como o mentor de um grupo empresarial que realizava o crime de “pirâmide financeira” em Belém. A “Operação Wolf” cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra o indivíduo acusado de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa, pela atuação em um grupo empresarial que prometia lucros elevados a investidores.
A estimativa é que R$ 60 milhões de reais foram roubados através do esquema, que prejudicou cerca de 500 pessoas em Belém.
A prisão do empresário suspeito de chefiar o esquema ocorreu em Indaiatuba, interior de São Paulo. Os agentes da Polícia Civil do Pará, com apoio da polícia paulista, chegaram à residência do acusado no início da manhã. Além da prisão, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos e documentos, que serão periciados e farão parte do inquérito instaurado.
“De acordo com os depoimentos de vítimas, muitos clientes foram atraídos pela oferta de lucros elevados em pouco tempo. A empresa Wolf Invest, garante um investimento com rendimento de até 10% ao mês. Uma das vítimas relatou ainda que o dono da empresa disse que os clientes que investiram acima de R$100 mil teriam uma escritura de imóvel no valor como garantia, chamada ‘garantia imobiliária’. Ninguém nunca recebeu a escritura ou a quantia de volta”, informou o Diretor da Decor, Delegado Almir Alves.
Além da promessa de lucros exorbitantes, a empresa também oferecia serviços de gestão em operações e investimentos, oriundas de valores mobiliários, mercado de câmbio e demais atividades financeiras do mercado internacional regidos pela lei do investidor anjo.
O Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende, conta que além da prisão, à Polícia Civil já representou, junto à justiça, o bloqueio de bens que pertencem a associação criminosa: “No total, o bloqueio deve chegar a R$ 43 milhões de reais, que pertenciam às vítimas lesadas. Nossa expectativa é que esse montante seja devolvido aos investidores”, pontua.
O homem preso foi levado para à sede da Polícia Civil em São Paulo e, após os procedimentos cabíveis, ficará à disposição da justiça do Pará.
Fonte: Oliberal