Espécies de anfíbios ameaçadas de extinção no Brasil estão sendo estudadas por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi. Eles integram uma equipe multidisciplinar do Projeto Documenting Threatened Species (DoTS), que tem o objetivo de documentar e divulgar para o mundo as espécies de anfíbios ameaçadas.
14 de 42 espécies de anfíbios ameaçadas de extinção já foram encontradas durante dois anos de trabalho no projeto, que já realizou oito expedições de pesquisa.
Na Amazônia, o DoTS já documentou a única espécie de anfíbio ameaçada da região, a Salamandra do Pará (Bolitoglossa paraensis). A equipe descreve a espécie como um anfíbio peculiar, com aparência superficial de lagarto.
“Aqui ocorrem mais de mil espécies de anfíbios, mais do que qualquer outro país do mundo, mas o brasileiro nem sequer sabe da existência dessa diversidade. Esses animais sofrem ainda com estereótipos e mitos prejudiciais à sua imagem. Muitas pessoas têm nojo ou medo de sapos e pererecas, sendo que muito desse medo é simplesmente resultado da falta de conhecimento ou empatia pelos animais. Queremos mudar esse panorama, e transformar os anfíbios em símbolos nacionais na luta pela conservação, assim como são as onças, araras e baleias, por exemplo,” explica Pedro Peloso, biólogo e fotógrafo da National Geographic, fundador do projeto.
As espécies ameaçadas são identificadas a partir da checagem da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção publicada pelo Ministério do Meio Ambiente, na portaria 444, de 2014. Identificadas as espécies, tiveram início as expedições de curto prazo para as localidades onde essas espécies ocorrem, onde a equipe organiza uma ampla documentação audiovisual.
Fonte: G1 Pará