A Universidade Federal do Pará (UFPA) e mais 16 instituições do Brasil estão participando de um estudo dirigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para teste tratamentos contra o novo coronavírus. Os pesquisadores serão responsáveis por avaliar os efeitos dos tratamentos e sua possível aplicação em pacientes.
No Pará, a pesquisa será realizada no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), onde cientistas testam medicações que já são utilizadas em outras enfermidades. A ideia é que os resultados possam ajudar pacientes e profissionais da saúde expostos ao vírus.
O estudo internacional é chamado de “Solidarity (Solidariedade, em Língua Portuguesa). No Pará ele é liderado pela professora e médica infectologista da UFPA Rita Medeiros. De acordo com a médica a pesquisa é uma excelente oportunidade para a formação de alunos e médicos já atuantes no estado. “Ao integrarmos o estudo, teremos acesso aos medicamentos. Apesar de, no momento, não podermos afirmar a eficácia dessas medicações, estaremos na linha de frente na busca de soluções para os nossos pacientes”.
A professora Regina Feio Barroso, superintendente do Complexo Hospitalar Universitário da UFPA ressaltou o papel científico da unidade. “O Hospital Barros Barreto, sendo parte integrante do Sistema Único de Saúde, tem também a função social de produzir conhecimento científico e tecnológico para atender à população, com excelência. Por isso é importantíssimo que esse hospital universitário contribua nesse estudo inovador que pode salvar muitas vidas, assim como formar profissionais qualificados na luta contra a COVID-19”, diz.
Perfil da amostra
A amostra da pesquisa é randomizada, ou seja, aleatória. Assim, poderá participar qualquer paciente com idade a partir de 18 anos que esteja internado nos hospitais integrantes do estudo com diagnóstico definitivo de COVID-19. Para a participação, será necessária apenas a assinatura de um termo de consentimento livre, que será disponibilizado pela OMS.
A previsão é que a pesquisa inicie nas primeiras semanas de abril. Estima-se que o número de participantes em todo o mundo será de 5.000 pacientes, sendo 1.200 no Brasil. Pesquisas semelhantes com os mesmos ou outros medicamentos também estão sendo conduzidas por outras redes de pesquisa.
Fonte: G1 Pará