Nesta terça-feira (7) é comemorado mundialmente o dia do Chocolate. A data é especial para o Pará, uma vez que é o principal produtor de cacau do país, com até 191 mil hectares plantados. Do grande ao pequeno produtor, incluindo a agricultura familiar, a produção de cacau tem sido um dos setores em franco crescimento e atraído cada vez mais interessados em diversos segmentos.
O titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Hugo Suenaga, explica que mesmo a pandemia não paralisou o agronegócio relacionado ao cacau. A expectativa é que 10 mil novos hectares de cultivo da fruta sejam implementados. Desse total, seis mil serão em novas áreas enquanto os quatro mil hectares restantes serão para replantio.
Somente no Pará, a capacidade de produção anual é de até 153 mil toneladas. O estado possuí cerca de 26 mil estabelecimentos que trabalham diretamente com cacau.
“O cacau é tipicamente oriundo da região amazônica. É uma espécie nativa e não temos dificuldades de inserir em nossa região. É um fator muito importante para o desenvolvimento do nosso agronegócio, ele se adapta muito bem em nossa região”, diz o titular da Sedap.
Apenas a região do Xingu responde por 51% de produção do cacau em todo o estado. O município de Medicilândia é o principal produtor, seguido pelas cidades de Uruará e Altamira. As regiões de integração de Tucuruí e Araguaia também têm se destacado frente a produção do fruto. “Isso é um atrativo para todos os segmentos. A maioria dos produtores vem destes locais”, destacou.
PROCACAU
Mesmo sendo o líder no país, o objetivo é aumentar ainda mais a produção do cacau, focando na sua verticalização nos próximos anos. Para isso, o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura (Procacau) quer reforçar a posição do Pará neste segmento dando apoio para o setor com o objetivo de aumentar em até 25% de área plantada no Pará, além de outros benefícios. “Queremos aumentar a quantidade produzida passando para 227 mil toneladas por ano e elevar nossa produtividade por meio da genética. Isso tudo vai impactar na economia com a geração de mais de 16 mil novas ocupações. Hoje temos 64 mil ocupações na cacauicultura e uma renda anual R$1,1 bilhão. Esperamos passar para R$ 1,5 bilhões por ano. Um impacto na economia em até cinco anos”, ressalta.
Todos os indicadores do programa serão acompanhados e apoiados em pilares que permitam a verticalização do produto por meio de parcerias com outras instituições que possam facilitar o surgimento de novos produtos oriundos da amêndoa do cacau, gerando maior impacto positivo na econômica do estado e de produtores.
Fonte: Diário do Pará