Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o Pará gerou em fevereiro de 2021 um saldo positivo na geração de empregos, com 280 postos de trabalho na Indústria.
O estudo foi elaborado junto com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), que utilizou dados do Ministério da Economia, analisando o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com o Dieese, em fevereiro foram 3.101 admissões contra 2.820 desligamentos, um saldo positivo de 281 postos de trabalhos formais, mesmo durante a pandemia de covid-19. Analisando o mesmo período no ano passado, o Estado também apresentou saldo positivo, com 3.323 admissões e 2.858 desligamentos.
De acordo com o técnico do Dieese, Everson Costa, apesar dos efeitos do segundo ano da pandemia implicarem em dificuldades econômicas em todo o mundo, há certos comportamentos diferentes graças a especificidades locais.
“A indústria tem uma dinâmica diferente aqui no estado, praticamente está ligada aos setores extrativista e mineral, que cresce cada vez mais a passos largos diante da verticalização do que é produzido no campo também. Temos a produção de cacau, açaí, o agronegócio, ou seja, temos espaço para crescer. E as atividades tradicionais de mineração também ganham formulação e estruturação”, pontuou o representante do Dieese.
O Dieese ainda reforça que nos últimos 12 meses o Pará foi o estado do Norte que apresentou a maior geração de empregos formais na indústria, com 5.757 postos.
Titular da Seaster, Inocencio Gasparim, destacou o novo pacote econômico do Governo do Estado, como forma de estimular as atividades, revertendo os resultados em emprego e renda. “O Estado tem se adiantado com propostas e projetos econômicos, principalmente aos mais vulneráveis. Porém, sabemos que todos os setores têm sentido dificuldades e cabe a nós impulsionar este processo de retomada. O novo pacote econômico apresentado pelo Governo, com R$ 500 milhões para reduzir os impactos da pandemia em vários setores, nos dá possibilidades de um cenário mais positivo”, afirmou o secretário.
Especificamente para o setor de transformação, o governo estadual concedeu 90% de isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Como todas essas empresas garantem 75% de redução de Imposto de Renda, elas têm todo o incentivo para continuar produzindo. À medida em que vacinamos a população, conseguimos trazer a normalidade de volta e expandir o plano de retomada econômica. Certamente, teremos a continuidade de obras públicas, de investimentos e outros fatores positivos que contribuem diretamente na manutenção desse crescimento”, acrescentou Gasparim.
Fonte: G1 Pará