A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, das Cooperativas e dos Empreendedores Individuais, o 38º da estrutura ministerial. A Esplanada só não é maior do que a da ex-presidente Dilma Rousseff, que chegou a ter 39 pastas em 2015.
Em rede social, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), criticou a troca de cargos por apoio no Legislativo: “A forma espúria e anti-republicana que o PT trabalha na construção de maioria penaliza a população, a serviço de um projeto de poder”. O vice-líder da oposição na Câmara, deputado Maurício Marcon (Podemos), repudiou a criação de um novo ministério: “Serão mais cargos, e mais gastos desnecessários, tudo isso para comprar apoio de parlamentares. É triste ver partidos que se diziam de oposição aceitarem essas migalhas para fazer parte do governo”.
No Facebook, o deputado federal Aécio Neves (PSDB) classificou como “absolutamente desnecessário” o novo ministério de Lula: “Esse setor já é cuidado pelo Sebrae e por secretaria do Ministério da Indústria e Comércio. Um ministério criado apenas para atrair novos aliados. Mais gastos, mais superposição e menos resultado”.
A intenção do governo é entregar a nova pasta ao Progressistas, provavelmente representado pelo deputado federal André Fufuca (PP). Atualmente, as atribuições da pasta estão no Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. Já o Republicanos, que também está prestes a entrar no governo, deve ficar com o Ministério de Portos e Aeroportos, representado pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos). Além dos ministérios, Lula também promete entregar a direção de outras repartições. O Progressistas deve ficar no comando da Caixa Econômica Federal e o Republicanos, com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Em sua live semanal desta terça-feira, 29, Lula declarou que a criação do ministério é motivada pela vontade da população de empreender: “Nós também sabemos que tem muita gente que não quer carteira assinada. Tá cheio de gente querendo ser empreendedor individual, empreendedor coletivo (…) Um ministério específico para cuidar dessa gente que precisa de crédito e oportunidade, esse é o papel do Estado, criar as condições paras as pessoas poderem participar”.
Fonte: Jovem Pan