Operação da Polícia Federal contra Helder foi política

Operação da Polícia Federal contra Helder foi política

No início desta quarta-feira (10) a Polícia Federal realizou a operação “Para Bellum”, que apura a compra dos respiradores destinados ao combate à pandemia de Covid-19 no Estado do Pará. Como se sabe, qualquer investigação para apurar desvios de recursos públicos é válida, mas no Pará esta investigação perdeu seu objeto, diz o advogado Franklin Mourão Jr.  “Não dá para entender a realização de uma operação para investigar um crime que não existe. Ao saber que os respiradores não funcionavam, o Governo do Estado entrou na Justiça e em tempo hábil conseguiu a devolução integral do dinheiro. Isso me cheira a perseguição política e ação coordenada para atingir adversários”, diz o advogado criminal.

Em nota, o Governo do Pará informou que todo dinheiro já havia sido devolvido e que além disso está processando a empresa por danos morais coletivos e que todos os pagamentos relacionados a outros contratos foram cancelados. Estas informações, segundo o advogado, foram amplamente divulgadas na imprensa nacional.

Perseguição

Para o delegado geral de Polícia Civil do Pará, Alberto Teixeira, é clara a intenção política da ação da Polícia Federal. Indignado, o delegado geral postou em suas redes sociais que estava inconformado com o ato, que ele considera perseguição política contra um governo que mostra capacidade de combater a Covid-19.

Para o delegado, a operação “Para Bellum” da Polícia Federal é mais uma pirotecnia da PF a mando do Chefe Bolsonaro”.  Ele ressaltou que “o próprio Estado do Pará por meio da Justiça conseguiu a devolução do dinheiro pago pela aquisição dos respiradores, além de estar movendo ação de danos coletivos contra a empresa. Portanto, não há fraude e nem tampouco prejuízo ao erário público”.

Alberto Teixeira ressaltou ainda que “o que existe é perseguição da PF cumprindo as ordens de Jair Bolsonaro, inimigo dos governadores e inimigo do povo que está morrendo em massa nesse momento de pandemia”

Sindifisco

O presidente do Sindifisco, Charles Alcântara, também questionou a ação da Polícia Federal contra o governador Helder Barbalho.

“Inquieta-me o espetáculo sinistro em que se transformaram as operações policiais. Na hora de expor, levantar suspeitas, “mostrar serviço”, o espetáculo; nos casos, que não são raros, em que as suspeitas não se confirmam, o silêncio, uma notinha de rodapé, quando muito. Que a verdade – de verdade – não se demore”, disse Charles Alcântara.

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