De acordo com estudos do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mais de 60% dos municípios presentes na Amazônia estão com índices de proteção da floresta abaixo do estipulado. Os dados são preocupantes e mostram que vários municípios possuem pouca, ou quase nenhuma área de seus biomas protegidos por Áreas de Preservação.
A meta de preservação da floresta amazônica estipulada pela Convenção sobre Diversidade Biológica, a qual o Brasil é signatário, é de 17%, índice que não é encontrado em mais de 400 municípios da Amazônia. A cidade de Anamã, do estado de Amazonas, tem quase todo o seu território sem proteção, se tornando alvo fácil para o desmatamento.
O relatório apresenta ainda dados dos municípios por tipo de Áreas Protegidas, entre elas Terras Indígenas, Unidades de Conservação de Uso Sustentável e Unidades de Conservação de Proteção Integral. As Terras Indígenas estão presentes em 254 municípios, compreendendo um total de 1.151 km² de extensão.
A UC de Uso Sustentável, aquelas destinadas tanto à conservação da biodiversidade como à extração racional dos recursos naturais, estão presentes em 263 municípios e somam 719 mil km² de extensão. Municípios paraenses localizados na ilha do Marajó tem quase todo seu território destinado para áreas de preservação, é o caso de Salvaterra, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Muaná, Anajás, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Curralinho.
Apesar da região amazônica já ter sua meta de conservação atendida muitos municípios não possuem área de preservação satisfatória. Por isso é importante que políticas públicas voltadas para aumentar o índice de preservação sejam realizadas. A criação de novas áreas de preservação é essencial para garantir que biomas únicos da região continuem existindo, e a Amazônia permaneça sendo preservada.
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