Foram aprovadas nesta segunda-feira (16), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), diversas medidas que irão facilitar a renegociação de dívidas bancárias. O intuito é flexibilizar algumas burocracias das instituições financeiras, com o objetivo de dar uma resposta mais rápida aos impactos do coronavírus sobre a economia brasileira.
Uma das medidas, por exemplo, dispensou as instituições de aumentarem o provisionamento no caso da repactuação de operações de crédito realizadas nos próximos seis meses. A expectativa é que com essa ação, cerca de 3,2 trilhões reais de créditos sejam qualificáveis a se beneficiar dessa medida.
Outra iniciativa vai do governo é ampliar a folga de capital do sistema financeiro nacional em 56 bilhões de reais, permitindo que a capacidade de crédito seja elevada em cerca de 637 bilhões de reais, de forma a dar espaço às renegociações.
O Banco Central em nota explicou que “A primeira medida facilita a renegociação de operações de créditos de empresas e de famílias que possuem boa capacidade financeira e mantêm operações de crédito regulares e adimplentes em curso, permitindo ajustes de seus fluxos de caixa, o que contribuirá para a redução dos efeitos temporários decorrentes do covid-19”.
A ampliação de capital foi feita por meio da redução do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPConservação) que as instituições precisam cumprir, de 2,5% para 1,25%, pelo prazo de um ano. Depois desse período, a exigência será gradualmente restabelecida até 31 de março de 2022 ao patamar de 2,5%.
Na prática, a mudança expande a capacidade de utilização de capital dos bancos para que eles tenham melhores condições para realizar as eventuais renegociações no âmbito da primeira medida e de manter o fluxo de concessão de crédito, argumentou o BC.
“Ambas as medidas são proativas e facilitarão uma atuação contracíclica do Sistema Financeiro Nacional, que ajudará as empresas e as famílias a enfrentar os efeitos decorrentes do Covid-19”, disse a autoridade monetária.
Fonte: Oliberal