Governo do Pará faz solicitação de 100 novos respiradores ao MS para auxiliar tratamento de pacientes com Covid-19

Governo do Pará faz solicitação de 100 novos respiradores ao MS para auxiliar tratamento de pacientes com Covid-19

De acordo com o governador Helder Barbalho, o atual cenário de Belém e demais municípios é de uma ocupação de 95% e 96% nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Tivemos reunião com equipe do Ministério da Saúde, governadores do Norte, e fiz questão de mostrar todos os esforços feitos no sentido de comprar novos respiradores e implementar novas UTIs”, afirmou o governador

Um total de 400 respiradores já foram comprados com recursos do Tesouro Estadual e tem a previsão de chegar ao Pará na primeira semana de maio. O governador ressaltou que foram entregues 720 leitos de média complexidade em quatro hospitais de campanha montados em Belém, Marabá, Santarém e Breves – este último a ser entregue nesta semana.

O governador também afirmou que em sua reunião não tratou sobre nenhuma medida de flexibilização das medidas de restrição e que o isolamento social permanece em todo o Estado como sendo a melhor medida de prevenção contra o novo coronavírus. Ele também ressaltou que vai cobrar um prazo para que o MS cumpra a entrega dos respiradores, pois a cada minuto “são vidas que se perdem pessoas que estão sofrendo na fila de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Há a necessidade de atender à demanda com humanização e respeito”, justificou o chefe do Executivo.

No entanto, Helder Barbalho não descartou tratar sobre o tema em um momento posterior, e se mostrou disposto a debater na linha proposta por Nelson Teich, de olhar o Brasil sob a peculiaridade de cada região. “Aqui, no Pará, no momento em que estivermos com todo o suporte da estrutura de saúde, no momento em que se mostrar, através da ciência, da técnica, da medicina, que nós estabilizamos o número de casos, poderemos, sim, pensar de maneira regionalizada, avaliar o distanciamento regulado, um processo de retomada gradativa da economia. Porém, neste momento, o Estado do Pará enfrenta uma severa dificuldade, particularmente na Região Metropolitana, e nós temos que pensar em salvar vidas”, ratificou o governador.

EPIs para saúde e segurança – Segundo ele, os equipamentos pedidos ao Governo Federal se juntarão aos 200 leitos de UTI que o Estado já tem somente para pacientes de Covid-19, e aos outros 400 que serão ofertados a partir da chegada do maquinário comprado na China. O governador também reforçou com o ministro Nelson Teich a necessidade de garantir o abastecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) aos profissionais de saúde e de segurança, e anunciou ainda para esta semana a abertura de leitos em hotéis, que estarão à disposição para quem está na linha de frente do combate à pandemia e precisa preservar familiares da contaminação.

“Conseguiremos chegar a 600 leitos de UTI. Isto representa dobrar o número de leitos de tratamento intensivo existentes na história do Estado. O que nós precisamos é para agora. Precisamos de agilidade e, acima de tudo, de humanidade”, reafirmou o chefe do Executivo. 

Arrecadação – Questionado pelos jornalistas sobre a proposta do Senado Federal para compensação das perdas de arrecadação dos estados e municípios, Helder Barbalho disse que “estamos tratando é de recomposição para diminuir esta incerteza, sem que os estados se eximam da responsabilidade tributária, e não aplicar populismo. Clamamos que o Congresso Nacional possa definir e apreciar esta matéria ainda esta semana. No mês de abril, tivemos uma diminuição de arrecadação que foi menor do que imaginávamos. De ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), a variação de -6% permitiu que pagássemos a folha de pessoal, inclusive desde ontem. Mas quando chegar maio, a expectativa da substituição tributária que já projeta uma arrecadação prevista nos causa profunda preocupação, porque a variação pode ser de 20% a 30% de queda”, alertou.

No encerramento da entrevista, Helder Barbalho destacou que o Pará é o estado com menor percentual de endividamento, por isso não representa um problema para a União. “Estamos pagando em dia o funcionário público, fornecedores, prestadores de serviço, precatórios. O Pará não é uma carga para o Governo Federal. Pelo contrário, saímos do limite de alerta para o limite prudencial. Reduzimos o custo da folha para enxugar a máquina, o custeio, para dar agilidade ao governo de investir e servir à população”, reiterou, acrescentando que “temos a obrigação de ter capacidade para atender a população com serviços de saúde, de segurança, e tantos outros serviços essenciais nesse momento”.

Fonte: Agência Pará

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