Fone de ouvido pode ser vilão para surdez, alerta médico

Fone de ouvido pode ser vilão para surdez, alerta médico

Um alerta feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que mais de um 1 bilhão de jovens em todo o planeta podem desenvolver problemas auditivos diante do mau uso de fones de ouvido.
A procura pelo acessório cresceu no mundo inteiro, principalmente entre os mais jovens que utilizam fones para ouvir músicas, podcasts e jogos online.


O estagiário em marketing de um supermercado em Rondonópolis, a 210 quilômetros de Cuiabá, Romildo Gonçalves, chega a ficar até sete horas por dia com os fones. “Chego no escritório, coloco os fones para ouvir tudo; desde podcasts relacionados ao trabalho à conversas no WhatsApp”, disse Gonçalves.


O médico otorrinolaringologista do Sistema Hapvida, Adriano Amorim, explica que fone em si não é o vilão para problemas auditivos. Mas, o mau uso do equipamento pode trazer problemas e até surdez. “Em relação a perda da audição, o vilão é simplesmente a intensidade do som e a exposição prolongada àquela intensidade”, explicou o profissional.
Ele ainda destacou que no Brasil, 30 milhões de pessoas apresentam algum grau de surdez, sendo que 2,5 milhões são totalmente surdos. O médico explicou que os casos de surdez variam em diversos aspectos e muitas pessoas podem simplesmente nascer surdas.


“A surdez pode vir desde o nascimento, o que a gente chama surdez congênita. É comum no caso de algumas doenças durante a gestação, como a rubéola congênita”, disse.


Por outro lado, Adriano Amorim destaca que também há a chamada surdez adquirida. “A principal causa desse tipo de surdez é o envelhecimento das pessoas, ou seja, quando há uma degeneração das células auditivas”, encerrou, lembrando que traumas sonoros e outras doenças também podem ocasionar problemas na audição.

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