Estudo revela aumento de taxa de mortalidade como consequência do “teto dos gastos” na saúde

Estudo revela aumento de taxa de mortalidade como consequência do “teto dos gastos” na saúde

Um estudo internacional realizado no periódico BMC Medicine revela que os cortes de gastos federais na saúde do Brasil podem gerar 27,6 mil mortes evitáveis até 2030. O número representa 5,8% de aumento na mortalidade, se comparado ao cenário atual.

O teto dos gastos, medida aprovada no congresso em 2016, ainda sob o governo de Michel Temer, é a responsável pelos cortes na saúde. Em outra projeção da pesquisa, a redução do Estratégia da Saúde da Família e um possível fim do Mais Médicos levariam a um aumento de 8,6% na mortalidade, o que representa cerca de 48,5 mil óbitos evitáveis entre 2017 e 2030.

Segundo o artigo, doenças infecciosas como febre amarela e sarampo, e deficiências nutricionais, como anemia e desnutrição, seriam as mais impulsionadas com os cortes e afetariam as populações mais vulneráveis como, conforme apontam os autores, negros e aqueles que vivem em municípios mais pobres.

Ainda segundo os estudiosos, as projeções publicadas ainda são conservadoras, pois fazem um recorte etário e consideram apenas a mortalidade por causas consideradas como sensíveis à atenção primária. Esta tipificação acompanhou classificações internacionais e do Ministério da Saúde. Os autores devem publicar, nos próximos meses, uma projeção da mortalidade especificamente em menores de cinco anos nesses cenários de austeridade.

Fonte: G1

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