Blog

As fortes chuvas do inverno paraense têm causado impacto em várias estradas do Estado, a situação de algumas rodovias no sul e sudeste do Pará, além de dificultar a vida dos condutores, começa a impactar nos preços dos produtos que são comercializados na região.

Um dos percursos mais atingidos fica na BR-158, um trecho de 200 quilômetros que liga Redenção ao município de Santana do Araguaia, sudeste do Pará. No percurso as pontes não oferecem mureta de proteção e não há acostamento na estrada, além de buracos que estão espalhados por toda a parte.

De acordo com os caminhoneiros que passam no local, a via não tem sinalização, o asfalto é ruim e as pontes são precárias. Para tentar sair do prejuízo muitos procuram estocar os produtos para não correr risco de perda na estrada. Mas os armazéns cobram pela estocagem dos grãos baseados pelo peso e espaço ocupado pelo produto, o que encarece o preço para os consumidores.

Muitos agricultores estão produzindo menos, com medo de que os grãos sejam desperdiçados. De acordo com o sindicato rural de Santana do Araguaia, os desafios de se escoar a produção pela BR-158 são grandes, o óleo diesel, frete e insumos ficam mais caros para quem produz na agricultura. Os produtos da cesta básica que chegam em Santana do Araguaia também ficam mais caros, com uma diferença que pode chegar a 15% se comparadas com Redenção, segundo os donos de supermercados.

Eldorado do Carajás

Em Eldorado dos Carajás os produtores rurais também estão enfrentando dificuldades principalmente com a queda de várias pontes, que foram destruídas com a força das chuvas. Sem acesso, a única opção de muitos é usar barcos ou canoas para tentar comercializar sua produção.

Eldorado do Carajás é um dos maiores produtores de leite do Pará, mas os caminhões têm parado nos atoleiros, precisando de ajuda de tratores para seguir viagem.

O prefeito de Eldorado, Célio Boiadeiro, afirmou que está trabalhado intensamente para tentar resolver a situação das estradas. Máquinas estão trabalhando nos trechos mais críticos e algumas pontes de madeira já foram criadas, mas ainda faltam recursos para que mais obras sejam iniciadas.

Fonte: Bom dia Pará