Dólar fecha em queda com cotação inferior a R$ 5,00 pela primeira vez desde 16 de março

Dólar fecha em queda com cotação inferior a R$ 5,00 pela primeira vez desde 16 de março

Pela primeira vez em quase 3 meses, o dólar fechou em queda e ficou cotado nesta sexta-feira (4) em R$ 4,9670. Trata-se da menor cotação desde o dia 16 de março, quando fechou em R$ 4,8802.

Analisando a parcial da semana e do mês a queda do dólar representa 3,87%. Em 2020, a moeda ainda tem alta de 27,93%, mas continua em uma tendência de queda.

O Banco Central ofertará nesta sexta-feira até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem, com os vencimentos divididos entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, destaca a Reuters.

Cenário externo e interno

No exterior, permanece o viés mais positivo nos mercados à medida que os investidores se concentram em sinais iniciais de uma recuperação econômica pós-coronavírus expectativas de que o alívio das restrições retomará a atividade empresarial.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos surpreendeu e recuo em maio, após atingir no mês anterior o maior patamar pós-Segunda Guerra Mundial. O indicador, que havia alcançado 14,7% em abril, ficou em 13,3% no mês passado, segundo dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta sexta-feira. Participantes do mercado disseram que a leitura foi muito melhor do que a esperada, sinal de que o pior da crise econômica do coronavírus pode já ter passado.

“Investidores acompanham a divulgação de indicadores macroeconômicos, mas mantêm o foco na reabertura das atividades econômicas em vários países”, escreveram analistas do Bradesco. “Além disso, o anúncio da ampliação do programa de estímulos monetários feito pelo BCE ontem ainda traz impulso adicional aos negócios”, completaram.

O Banco Central Europeu aprovou uma expansão maior do que a esperada em seu programa de estímulo na quinta-feira para impulsionar suas economias, ampliando as compras de ativos emergenciais em 600 bilhões de euros, para 1,35 trilhão de euros.

No cenário doméstico, a crise do coronavírus ainda é vista como um dos fatores de maior risco ao país no momento, conforme o número de casos e mortes pela Covid-19 bate seguidos recordes diários e alguns estados começam a reabrir economias, mas sob risco de segunda onda de contágio em meio a um sistema de saúde ainda fragilizado – o que poderia atrasar a posterior recuperação econômica.

As atenções continuavam também nos desdobramentos políticos, com expectativa de possíveis agitações sociais para o fim de semana.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar os manifestantes de grupos pró-democracia contrários ao seu governo de “marginais” e “terroristas” nesta sexta-feira, e pediu que as forças de segurança do país atuem contra as manifestações marcadas para domingo se os grupos “extrapolarem” os limites.

Fonte: G1 Globo

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