Dezembro Vermelho: Infectologista explica a diferença do vírus HIV e AIDS, além da importância de ter o diagnóstico precoce e o tratamento adequado

Dezembro Vermelho: Infectologista explica a diferença do vírus HIV e AIDS, além da importância de ter o diagnóstico precoce e o tratamento adequado

Muita gente não sabe a diferença do Vírus HIV e AIDS. Pensando nisso, a Infectologista do Sistema Hapvida, Ana Raquel de Seni, vai tirar a sua dúvida em relação a essa isso.
“O HIV é o vírus da imunodeficiência humana e tem a característica de atacar o sistema imunológico; assim a imunidade fica mais frágil e o organismo fica mais suscetível a infecções que seriam facilmente combatidas por um sistema imunológico competente. A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana), é a doença causada pelo vírus HIV, e ocorre quando há o comprometimento do sistema imunológico e pode manifestar-se com doenças graves, que geralmente acometem o pulmão, o cérebro e os olhos. São provocadas por fungos, parasitas, bactérias e vírus”, explica Dra. Ana Raquel.
O vírus HIV é transmitido, principalmente, por relações sexuais, ou da mãe para o filho durante a gestação e o parto, e também através do sangue.
Hoje, no Brasil, o tratamento para o HIV é fornecido pelo Sistema Único de Saúde- SUS, de forma gratuita. “O tratamento é composto por comprimidos. Hoje temos a possibilidade de esquemas com um número reduzido de comprimidos e muito potentes com poucos efeitos colaterais. A pessoa que faz o tratamento adequado por seis meses ficará com a carga viral indetectável e não transmite o HIV”, relata Infectologista Ana Raquel de Seni.
Em relação à prevenção da infecção pelo vírus HIV, a médica explica que “hoje falamos em prevenção combinada que consiste na utilização de preservativos, tanto feminino quanto masculino nas relações sexuais, medicamentos antirretrovirais que previne o HIV de grupo contínuo para grupos específicos a chamada PREP, na utilização dos medicamentos para prevenção do HIV após exposições sexuais de risco e violência sexual que é a chamada PEP, o uso de medicações para gestantes que tem o teste positivo para HIV, para prevenir a transmissão do HIV para o recém-nascido, seja durante a gestação ou no parto e o uso desses medicamentos também pelo recém-nascido. Além disso, temos o tratamento para todos os portadores do HIV pois tratando é uma forma de prevenção e também a testagem”.
No mês de dezembro, conhecido como Dezembro Vermelho, onde é promovida a Campanha de combate à AIDS, a Infectologista Ana Raquel de Seni destaca que “é importante levarmos a informação, enfatizando a prevenção combinada. Os ganhos alcançados nesses 40 anos como tratamento potente, seguro e simplificado e a possibilidade de até falar em longo prazo em uma vacina e cura, a fim de que diminua o preconceito e estigmas associados a essa doença, principalmente porque muitas vezes quando uma pessoa faz o diagnóstico do HIV é como se recebesse uma sentença de morte. Então, este é um momento de desmistificar essa questão”.

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