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O tão aguardado concurso público da Câmara Municipal de Parauapebas trouxe uma grande expectativa para a população do município. Mas aqueles que estavam estudando e se preparando para o processo seletivo se decepcionaram ao descobrir que o edital prevê apenas 14 vagas. Isso mesmo, apenas 14 vagas para uma Câmara robusta e recheada de cargos indicados unicamente para o favorecimento dos vereadores. Uma vergonha!

As 14 vagas disponíveis são para os seguintes cargos:

• Analista de controle interno (1) – nível superior
• Analista de sistemas (2) – nível superior
• Operador de som (2) – nível médio
• Policial legislativo (6) – nível médio
• Redator legislativo (1) – nível superior
• Técnico em TI (2) – nível médio

Atualmente a Câmara Municipal de Parauapebas possui 267 cargos comissionados (dados do portal da transparência). Somente o presidente da Câmara, Braz, tem 39 assessores parlamentares, um número muito superior aos de outros vereadores, que possuem no máximo 21 assessores. Todos estes cargos são comissionados, indicações diretas dos vereadores, uma situação que Braz, parecer querer que continue.

Os 39 assessores de Braz custam mensalmente R$ 135.659,04 o que totaliza R$ 1,6 milhão por ano aos cofres públicos de Parauapebas. Só para ter noção, um assessor técnico, cargo comissionado de indicação direta e que trabalha para Braz, recebe o salário de R$ 8.869,80, quase o dobro do salário de um Policial Legislativo, que recebe R$4.695,33 mesmo sendo um cargo efetivo conquistado através do concurso público.

Há 11 anos nenhum concurso público é realizado na Câmara e de lá para cá as demandas do parlamento de Parauapebas só aumentaram. Isso fez com que a contratação de cargos comissionados inchasse completamente a folha de pagamento e tirasse a oportunidade de pessoas qualificadas em disputar uma vaga de emprego efetivo.

Em um ano de eleição, Braz, que é pré-candidato a deputado estadual, não quer trazer mudanças efetivas para a Câmara Municipal, uma vez que propõe este concurso público minúsculo em oferta de vagas. O que esperar de um futuro deputado estadual com este pensamento? Caso seja eleito.

Tudo parece estar arquitetado para manter as coisas como estão, com uma Câmara lotada de cargos comissionados, servidores que muitas vezes se quer aparecem no local de trabalho.

Aos que aguardavam o concurso público fica a frustração com o presidente da Câmara de Vereadores, e que a resposta venha nas urnas!