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O saldo entre receitas e despesas da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), administrados pelo governo de Jatene, resultou em um prejuízo de 244 milhões de reais. É o que mostra o balanço patrimonial de 2018, realizado nesta terça-feira, 23, em uma assembleia geral com vários representantes do poder público.

As contas do ano passado foram apresentadas ao atual governo e já haviam sido aprovadas pelo Conselho Administrativo e Fiscal. Já é o 15° ano consecutivo que a Cosanpa fecha com prejuízo, onde a despesa é maior do que as receita. De acordo com Márcio Coelho, presidente da companhia, o saldo negativo vem acumulando ao longo do tempo e quem mais sofre as consequências é a população.

Entre os diversos problemas que esse prejuízo deixado pelo governo passado acarreta é a situação precária do Complexo Bolonha. O sistema é responsável pelo abastecimento de 65% da capital do Estado, que hoje opera apenas com oito dos 16 filtros e sem equipamentos reserva para casos de panes emergenciais.

Na apresentação do balanço, os representantes de diversos órgãos realizaram debates sobre ações que podem melhorar os serviços da Cosanpa, e a questão do saneamento em todo o Pará. Um dos destaques apontados é ampliar a rede de esgotamento sanitário em municípios que ainda não recebem serviço da Cosanpa. Cerca de dez municípios que hoje atuam com sistemas próprios mostram interesse de aderir ao sistema estadual.

A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) é uma sociedade de economia mista, criada em dezembro de 1970, com a missão de atender a população do Estado com serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Atualmente, opera em 53 municípios e nove vilas, com cobertura urbana de 73,25%, 51,46% de atendimento em abastecimento de água, cobertura de 9,10% e 6,8% de atendimento em coleta de esgoto sanitário.

Fonte: Agência Pará