Nesta semana vários estabelecimentos em todo o país que estavam fechados em decorrência da pandemia do novo coronavírus voltaram a funcionar, entre eles, os shopping centers, que desde março estavam proibidos de abrir para manter o isolamento social e impedir aglomerações.
De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), até quarta-feira (10) já haviam sido reabertos mais de 50% dos 577 shoppings do país. Já estão em funcionamento 298 deles, em 17 estados — a previsão é de que o número aumente nos próximos dias.
Com a abertura, grande parte da população já começa a frequentar esse espaço, porém, vários especialistas afirmam que ainda não é seguro visitar shopping centers, pois as medidas adotadas não são suficientes para conter a propagação do vírus.
Estudos mostram que a nuvem de gotículas gerada pela fala, espirro ou tosse pode permanecer suspensa no ar durante longos períodos em ambientes fechados. Outras pesquisas apontam que vírus como o Sars-Cov-2 podem permanecer infectantes nessas nuvens de gotículas por horas. Essas características, segundo especialistas, podem explicar porque a transmissão da Covid-19 é rápida.
“As atividades coletivas dentro de ambientes fechados têm riscos muito maiores do que ao ar livre. Essa suspensão de gotículas no ar possibilita até que uma pessoa que está andando no mesmo ambiente, mas distante, seja infectada”, pontua a epidemiologista Adélia Marçal dos Santos, especialista em dinâmica em transmissão de doenças infecciosas e professora de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.
O Brasil, que até o momento tem mais de 770 mil casos do novo coronavírus e quase 40 mil mortes, segue o exemplo de outros países ao flexibilizar o isolamento social, por meio da reabertura de shoppings e outros estabelecimentos. As outras regiões, porém, viviam uma fase de queda de registros de Covid-19 quando decidiram afrouxar as restrições a seus moradores.
Fonte: G1 Globo