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O atual prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, permanece na posição de inelegibilidade, mantendo-se no cargo graças a uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral. No ano passado, ele e seu vice, Jairo Holanda, foram destituídos de seus mandatos devido ao uso impróprio de recursos financeiros de campanha eleitoral, abuso de poder econômico e obtenção irregular de votos durante as eleições de 2020.

Naquela ocasião, Alexandre Siqueira venceu a eleição, com Eliane Lima ficando em segundo lugar por uma diferença mínima de apenas 164 votos. Atualmente, Eliane é a favorita e lidera de forma isolada as intenções de voto em Tucuruí. Neste momento, Siqueira está tentando, desesperadamente, reverter sua inelegibilidade, imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará, no Tribunal Superior Eleitoral. Contudo, isso parece uma missão quase impossível, dada a complexidade do caso e a proximidade das eleições de outubro. Há rumores de que Alexandre já desistiu e está apostando na candidatura de sua esposa, a deputada federal Andreia Siqueira.

Além das questões eleitorais, o prefeito enfrenta múltiplas ações criminais na justiça. O Antagônico encontrou 82 processos relacionados ao nome de Siqueira em buscas no Google. Entre eles, destaca-se a compra de uma aeronave em uma transação envolvendo Nicholas Tsontakis, conhecido por seu papel na máfia dos respiradores da SESPA durante a pandemia. A aeronave, apreendida pela Polícia Federal, está registrada em nome do prefeito.

Há também uma ação movida pela empresa Globo Aviação – Táxi Aéreo e Manutenção Ltda contra o atual prefeito de Tucuruí, referente a essa mesma aeronave, que está em andamento no Tribunal de Justiça do Pará. Em outro processo, a Polícia Federal investiga Siqueira por crimes contra a administração pública. Ele também está diretamente envolvido em um caso de furto ocorrido em Jacundá, o que resultou em sua prisão.

Alexandre Siqueira faz parte dos 94 prefeitos do Brasil que tiveram seus mandatos cassados após as eleições municipais de 2020. No Pará, além de Siqueira, outros dois gestores enfrentaram a cassação de seus mandatos: Delegado Fonseca, de Oriximiná, e Isaias Neto, de Viseu, sendo que apenas no último caso houve novas eleições.