Muitas pessoas no Pará têm aproveitado o período de isolamento para praticar brincadeiras típicas da região, como soltar pipas. No entanto, a concessionária de energia do estado, Equatorial, não recomenda esse tipo de lazer neste momento, já que inúmeros acidentes e até interrupções no fornecimento de energia têm ocorrido devido a prática.
De acordo com a Equatorial, desde o início do ano já foram registrados 1.216 casos de interrupções no fornecimento de energia elétrica, que foram causados por pipas que se enroscam na rede e danificam a transmissão da energia para residências.
A maior parte dos registros ocorreu nos meses de abril e maio, justamente no período em que se intensificaram as ações de distanciamento social em decorrência da pandemia. A concessionária de energia contabiliza que o número de ocorrências somente nestes 5 meses de 2020 quase o se iguala ao período de férias escolares de 2019.
“As interrupções causadas pelas pipas representam prejuízos para toda a população, deixando várias localidades sem energia e atingindo, inclusive, locais que precisam do fornecimento com extrema necessidade nesse período, como é o caso de hospitais e postos de saúde”, diz o gerente de Manutenção da Equatorial Pará, Adailson Andrade.
O executivo da área de segurança da Equatorial Energia Pará, Alex Fernandes, orienta que a brincadeira não seja praticada neste período para não ocasionar mais prejuízos à população. “Empinar pipas é uma brincadeira muito saudável, desde que praticada com segurança e em local adequado. Na atual situação de isolamento social que estamos vivendo, orientamos que os jovens fiquem em casa, se puderem, para resguardar sua saúde e de sua família”, afirma.
Quando a circulação nas ruas for permitida, os cuidados com a brincadeira não podem ser deixados de lado, como soltar pipas distante da rede elétrica e jamais resgatar o papagaio da rede, caso fique engatada. As linhas de cerol também são um perigo ao entrar em contato com a fiação elétrica, pois podem provocar curto circuito e romper cabos energizados, além do risco de acidentes com cortes.
Fonte: G1 Pará