De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), os casos de dengue diminuíram 45,38% em relação as primeiras seis semanas do ano. O levantamento foi feito a partir do Epidemiológico de 2022 sobre casos de dengue, chikungunya e zika no Pará
Em números exatos, são 201 casos confirmados de dengue, número bem inferior aos 368 registrados no mesmo período do ano passado. Em contrapartida, os dados mostram que o estado fechou o ano de 2021 com um aumento de 52,80% de casos da doença em comparação com 2020.
Para a Sespa, este resultado aponta a necessidade de manter as medidas preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti, principalmente neste período de chuvas.
De acordo com o Informe Epidemiológico, neste ano, já foram confirmados 201 casos de dengue, sendo 197 de dengue, 03 de dengue com sinais de alarme e 01 caso de dengue grave, porém ainda há 1.106 casos em investigação pela Vigilância Epidemiológica. Não houve registro de óbito pela doença.
Os municípios com mais casos confirmados são Santana do Araguaia (79), Santarém (34), São João do Araguaia (23) e Conceição do Araguaia (16).
Segundo a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, para conter o avanço dessas endemias no estado, a Sespa prossegue realizando oficinas sobre doenças endêmicas com treinamento para médicos e enfermeiros sobre diagnóstico e tratamento.
“Também, continuamos a orientar os municípios a retomarem suas atividades após dois anos de pandemia, principalmente, para fazerem levantamento do Índice de Infestação Predial (IIP) de mosquito Aedes aegypti, que é essencial para o desenvolvimento das atividades de vigilância epidemiológica”, informou.
As principais ações de combate realizadas neste início de 2022 são a elaboração do Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika, distribuição de larvicidas para os CRSs e realização de borrifação no município de Conceição do Araguaia para controle do Aedes aegypti. Até o momento, 77 municípios encaminharam seus Planos Municipais de Contingência.
Chikungunya
Quanto à febre de chikungunya, o Informe Epidemiológico aponta o registro de oito casos confirmados da doença nessas seis primeiras semanas do ano contra nove ocorridos no mesmo período de 2021, correspondendo a uma redução de 11,11% . Não houve registro de óbitos pela doença. Todos os casos confirmados ocorreram no município de Santarém.
Em relação à febre de zika vírus, por enquanto só há cinco casos suspeitos notificados nos municípios de Castanhal, Marituba, Oeiras do Pará e Tucumã e nenhum confirmado.
Sinais e sintomas entre doenças são parecidos
As manifestações clínicas da dengue, chicungunya e zika são parecidas. Os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.
A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.
Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.
A coordenadora estadual ressaltou que as secretarias municipais de saúde devem notificar à Coordenação Estadual de Arboviroses os casos graves e óbitos por dengue, chicungunya e zika em até 24h.
Veja orientações contra o Aedes aegypti
É importante que a população não se automedique frente ao aparecimento de sintomas, e procure a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e mantenha os seguintes cuidados:
- Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;
- Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
- Não deixar água acumulada sobre a laje;
- Manter garrafas com boca virada para baixo;
- Acondicionar pneus em locais cobertos;
- Proteger ralos sem tampa com telas finas;
- Manter as fossas vedadas;
- Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana.
- Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.
Para denunciar existência de possíveis criadouros de mosquito, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde de cada cidade.
Fonte: G1 Pará