O governo do Pará, através das diversas políticas públicas de saúde e de enfrentamento à pandemia, conseguiu diminuir em 65,44% o número de mortes por covid-19 no estado. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), que divulgou nesta terça-feira (15) o comparativo entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022.
Para se ter ideia, no primeiro mês do ano passado foram registrados 761 óbitos por conta da doença, em janeiro de 2022 foram 263 vidas perdidas. Essa redução só foi possível graças ao avanço da imunização no estado, além das medidas de restrição que contribuíram para conter o avanço do contágio na população.
“Avaliamos de forma positiva essa redução, haja vista os esforços que a Sespa vem tomando quanto ao avanço na vacinação das pessoas, entre outras atividades”, pontuou a Sespa, em nota.
O levantamento também aponta que caiu pela metade o número de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS ou SRAG), doença respiratória que afeta os pulmões e causa uma série de sintomas graves, parecidos com uma forte gripe. Em janeiro de 2021, foram 18 óbitos por SRAG. Já em janeiro de 2022, foram nove óbitos, conforme informou a Sespa.
A redução de mortes por conta das duas doenças foi registrada mesmo em meio à terceira onda da pandemia no Pará e mesmo diante de um aumento expressivo de casos de gripe no Brasil. No dia 21 de janeiro, durante coletiva, o secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde, Sipriano Ferraz, alertou que o Pará também passava pela terceira onda.
Na ocasião da entrevista, o secretário adjunto disse que a 3ª onda era enfrentada com com uma característica diferente da primeira, de 2020, e da segunda onda, de 2021. “O perfil do paciente mudou e agora temos a vacina. São muitos casos positivos, a maioria com quadros leves, o que nos dá a certeza de que a imunização ajudou muito”, explicou Sipriano Ferraz.
Registros no Brasil
A diminuição de mortes por covid-19 no Pará no comparativo dos últimos meses de janeiro acompanhou uma evolução nacional. Na última segunda-feira (14), a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR) informou que os óbitos em decorrência da doença tiveram redução de 55% no Brasil na comparação de janeiro de 2021 e janeiro de 2022.
Entretanto, no Brasil, foi observado um aumento de 9% nas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no comparativo dos dois últimos meses de janeiro. Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Arpen/BR.
A base é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos 7.658 cartórios de registro civil do país – presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros -, e cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.
Fonte: Oliberal