Em maio deste ano, a empresa Correios anunciou o Plano de Desligamento Voluntário (PDV) para que funcionários expressassem o desejo de sair da empresa. Um total de 4.881 empregados aderiram ao plano, sendo 95% deles de atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo.
A previsão da estatal era em torno de 7.300 funcionários. Os desligamentos priorizaram os funcionários com maior idade, maior tempo de serviço e maior tempo de aposentadoria.
Para incentivar os desligamentos, a estatal ofereceu um incentivo financeiro que variou entre R$ 25 mil e R$ 350 mil. Em contrapartida, os funcionários que decidiram pelo PDV não tiveram o direito de receber a multa rescisória de 40% do saldo do FGTS nem ao seguro-desemprego, por se tratar de desligamento voluntário.
A medida dos Correios é uma tentativa de diminuir os custos e sobreviver a uma crise financeira. Somente entre 2015 e 2016 a estatal obteve cerca de R$ 4 bilhões em dívidas. Ela voltou a obter lucro em 2017 (667 milhões) e voltou a ter um lucro reduzido em 2018 (R$ 161 milhões).
Uma das medidas tem sido fechar agências no país. Em 2017, foram 250 unidades localizadas em municípios com mais de 50 mil habitantes. No ano passado, foram 41 agências fechadas. E, em maio deste ano, foram anunciadas 161 agências com atividades encerradas.
O presidente Jair Bolsonaro vê a privatização como uma saída da crise para os Correios. Segundo ele, não há prazo para isso acontecer, uma vez que a ação depende de aval do Congresso Nacional.
Fonte: G1 Globo